Em 2024, comemora-se os 10 anos do DOCSP, encontro internacional de documentário que promove diálogos e reflete a respeito de caminhos para a internacionalização de filmes, projetos e carreiras de profissionais do documentário. Ao longo dos dias de atividades, que aconteceram entre 26 de agosto e 11 de setembro, nas modalidades online e presencial, diversos profissionais e entusiastas do cinema documental se reuniram num espaço de fomento à reflexão sobre as novas narrativas e criar pontes com o mercado.
O DOCSP nasceu com a missão defender a diversidade de vozes no cinema, televisão e outras plataformas, com o intuito de promover a inserção no mercado local e internacional. Ao longo dessa década de atuação, participaram do DOCSP cineastas e pensadores como Jean-Louis Comolli, Marta Andreu, Carlos Nader, Cristina Amaral, Jordana Berg. Nesta 10ª edição, celebrando a potência da criação documental brasileira e da comunidade construída ao longo dos anos, foram apresentados 3 filmes inéditos no Brasil.
“Desde o início do DOCSP, contamos com essa parceria muito especial da CSN, que vem incentivando a realização desse nosso projeto e que se mantém firme durante todos esses 10 anos”, afirma Luis Gonzalez Zaffaroni, Diretor Executivo e idealizador do evento.
Em sua atuação, a CSN possui a tradição no patrocínio e apoio ao audiovisual, principalmente no gênero documentário – são mais de 50 produtos audiovisuais brasileiros que já contaram com o apoio da Companhia. Ao acreditar e investir no potencial transformador do cinema e patrocinar o DOCSP, a CSN reforça o compromisso em potencializar o desenvolvimento da distribuição de impacto no Brasil e o fomento do investimento em causas por meio do cinema.
Para o idealizador do DOCSP, “poder contar com um parceiro como a CSN, que tem um histórico impressionante no fomento do cinema brasileiro, e que entende o funcionamento da cadeia, é algo sonhado para uma organização como a nossa”. Zaffaroni diz, ainda, que isso permitiu, ao longo dos anos, criar sinergias entre o DOCSP e a Fundação CSN para que realizassem mais uma iniciativa: o Histórias que Ficam. Segundo ele, “entender os ciclos da produção audiovisual é fundamental para poder construir uma parceria ao longo do tempo como a desenvolvida com a Fundação CSN”.
O Histórias que Ficam é um programa de fomento ao audiovisual brasileiro, estruturado no tripé de fomento, consultoria e difusão do documentário brasileiro. O Histórias que Ficam tem como objetivo incentivar verbas de patrocínio para produção de documentários, bem como workshops e networking com diversos agentes do mercado audiovisual e atuando na qualificação da distribuição dos filmes.
É por meio do Histórias que Ficam que a Fundação CSN “tem sido parceira constante dessa potência que combina mostra, mercado, laboratórios, formação, seminários, reflexão e debate sobre o audiovisual Brasileiro”, explica o Diretor-Executivo. No ano passado, o Histórias que Ficam chegou à 4ª edição em busca de quatro projetos de filmes documentais inéditos.
Já para a 3ª edição do programa da Fundação CSN, foi preparado um novo formato, onde a parceria estratégica entre a instituição e o DOCSP resultou no edital Documentários Transformam, que selecionou projetos para participarem de três processos formativos entre dezembro de 2021 e maio de 2022: um laboratório de distribuição de impacto, consultorias para o desenvolvimento de campanhas e um laboratório de pitching.
Por meio desse edital, dois documentários foram financiados para as distribuições de impacto. Este financiamento é exclusivo para distribuição dos filmes focada em buscar envolver pessoas e instituições que possam se engajar nas causas do filme, ampliando a difusão e o potencial de transformação da sociedade das obras do áudio visual. Um dos títulos financiados foi Assexybilidade, dirigido por Daniel Gonçalves, que conta histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. O documentário teve a estreia nos cinemas nacionais na última segunda-feira, 16 de setembro.
Como resultado dessa sinergia, mais de 356 projetos de filme, de 5 mil profissionais, mais de 75 filmes que passaram pelo encontro internacional.
Hoje, a Fundação CSN e o DOCSP seguem juntos, com o mesmo objetivo de investir no setor do audiovisual brasileiro: “durante todos esses anos, nos dedicamos em apoiar o setor e, consequentemente, contribuímos para que mais brasileiros tenham acesso à cultura e à maior circulação da produção nacional. Iniciativas como o DOCSP, que transformam a cadeia do audiovisual e que perpassam desde a discussão conceitual até as parcerias, apoiando documentários brasileiros no mercado, merecem nosso reconhecimento e apoio – agora no presente e no futuro”, ressalta André Leonardi, Gerente Geral da Fundação CSN. Para ele, ao fortalecer a indústria do cinema e buscar entender as oportunidades e desafios atuais no negócio do audiovisual, a Fundação CSN reafirma a importância do incentivo ao ramo, para quem produz e para quem consome cinema.