O documentário ‘Aqui não entra luz’, da diretora Karol Maia, selecionado para a 4ª edição do programa Histórias que Ficam, da Fundação CSN, conquistou dois importantes reconhecimentos no 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: o Prêmio de Melhor Direção e o Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa-Metragem, concedido pelo júri da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema.
Realizada entre 2024 e 2025, a 4ª edição do programa contou com consultorias, laboratórios e apoio especializado para a distribuição e o impacto social dos filmes participantes. Ao todo, quatro documentários foram contemplados, com prêmios que somam até R$ 2 milhões.
Com 352 projetos inscritos vindos de 21 estados, a edição evidenciou a diversidade de vozes e narrativas do documentário brasileiro, reunindo propostas conectadas às principais questões sociais e culturais do país. Além do Prêmio Histórias que Ficam, no valor de até R$ 500 mil para cada projeto, o filme ‘Aqui não entra luz’ foi o grande vencedor do Prêmio Campanha de Impacto, que premiou um dos quatro filmes selecionados com mais R$ 100 mil para distribuição, um apoio que se soma agora ao reconhecimento nacional conquistado em Brasília.
“Estrear no Festival de Brasília foi muito importante para mim, pessoalmente e como cineasta, por lançar meu primeiro longa-metragem. O festival é um espaço histórico, reconhecido por se posicionar politicamente e por trazer novas possibilidades para o cinema brasileiro. Ter vivido esse momento ao lado da minha mãe, de personagens do filme e da equipe, e sair de lá premiada com Melhor Direção e com o Prêmio Zózimo Bulbul foi extremamente gratificante. É uma forma potente de iniciar a trajetória do filme e reforçar a relevância dessa história que queremos levar a muitos outros festivais no Brasil e no exterior”, celebra Karol Maia.
O Prêmio Zózimo Bulbul é dedicado a produções que ampliam a representatividade e o olhar negro no cinema brasileiro, homenageando o cineasta pioneiro que dá nome à premiação. Para a Fundação CSN, ver um projeto apoiado pelo Histórias que Ficam conquistar esse reconhecimento reforça o objetivo do programa de propagar a criação artística, impacto social e transformação cultural.
André Leonardi, Gerente Geral da Fundação CSN, destaca o alcance dessa conquista: “o reconhecimento do filme ‘Aqui não entra luz’ no Festival de Brasília mostra como o Histórias que Ficam cumpre sua missão de fortalecer o documentário brasileiro como ferramenta de reflexão e mudança social. É um orgulho para nós apoiar uma obra que dialoga diretamente com a agenda de diversidade, inclusão e direitos no país”, comenta.
Para Karol Maia, o apoio do programa Histórias que Ficam foi essencial para chegar ao resultado final do filme. “Mesmo tendo começado a filmar em 2019, o processo iniciado em 2024 no programa, com consultorias, laboratórios e revisões, me permitiu revisitar o roteiro, filmar mais e criar novas conexões, sem perder a força do material original. Essa parceria foi decisiva para dar unidade à narrativa e fortalecer a potência do filme, mostrando que o cinema pode ser sempre um espaço de reinvenção e de impacto social”, afirma a diretora.
Com quatro edições realizadas desde 2011, o Histórias que Ficam já apoiou dezenas de documentários, contribuindo para ampliar a diversidade de vozes, narrativas e perspectivas no audiovisual brasileiro. Saiba mais sobre as ações realizadas na quarta edição.