A Arigó Parade, inspirada no conceito Parade, tem o objetivo de democratizar e levar a arte para espaços urbanos.
A Arigó Parade, inspirada no conceito Parade, tem o objetivo de democratizar e levar a arte para espaços urbanos.
A abertura do Concurso Arigó Parade para a escolha das artes a serem pintadas em oito esculturas teve início numa ação no Centro Cultural Fundação CSN, com a pintura de duas esculturas por Helder Holiveira, Gerente de Articulação da Fundação CSN, e Anderson de Souza, Secretário de Cultura de Volta Redonda, ambos também grafiteiros. Dentre as artes enviadas pelos artistas para a seleção, quinze foram escolhidas por uma comissão técnica; dessas, oito artes finais foram escolhidas por votação aberta online.
Confira os grafites das esculturas dos Arigós:
Diálogos urbanos: o Arigó possui nas laterais do pescoço traços lúdicos que mostram, por meio de linhas discretas, a história da migração de pessoas, da usina e da cidade. O trabalho foi pintado com cores vivas e vibrantes que simbolizam a criatividade.
Com essa pintura, celebra Volta Redonda e seu povo. Espera que o Arigó desfile suas cores e estilo, e também faça o público lembrar dos laços de amor, amizade e respeito.
A arte reflete a importância das cores nos ambientes e nas rotinas. As cores vivas podem diversificar e revitalizar os lugares considerados apagados e transformar o dia a dia de quem por elas passam. Sua arte quer despertar o sentimento de transformação e revitalização nas pessoas.
Traz a proposta de criar um novo olhar sobre personagens da cidade, como o trabalhador e o grafiteiro, misturando figuras de linguagem, o processo de trabalho e lazer, formas duras e orgânicas, linhas e contrastes que mostram a variação dos tons de cores encontradas na “nossa gaiola urbana”. A construção está em constante movimento, “passarinho bate assa e Arigó voa, voa”.
O artista trouxe para o Arigó traços e cores que fazem parte do seu trabalho autoral. Na meia e no chapéu procurou traduzir a diversidade.
A obra faz referência às mulheres operárias que aumentavam sua presença no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que continuavam responsabilizadas pelo serviço doméstico, ajudando a formar a sociedade em ambos os aspectos. Carrega consigo o banho de folhas, a fé e os saberes tradicionais para resistir ao dia a dia.
Esta obra reverencia o Ingá, importante árvore nativa, e traz, junto com ela, referências visuais e verbais que, sob a forma do Arigó, concordam a respeito dos desafios ambientais da cidade construída em torno de uma usina e que, ao mesmo tempo, é cortada por um rio.
Busca nas cores a energia da cultura tropical, seja na exuberância e vitalidade das paisagens tropicais, nas florestas, praias paradisíacas ou nas festividades vibrantes, refletindo a intensidade e a diversidade do nosso ambiente. Espera que a figura do Arigó permita que cada espectador crie sua própria interpretação e conexão com essas energias. Propõe um convite à busca dessas sensações e os sentimentos esquecidos em um ambiente urbano.
Traz para a escultura Arigó a representação do início do graffiti com a utilização das letras e a identidade visual que compõe a criação dos meus trabalhos. Sua pintura traz a representatividade dos trabalhadores que ajudaram a construir a cidade de Volta Redonda e dos artistas que contam essa história por meio da arte. Desta forma, a identidade dessas pessoas é levada para fora da cidade, fazendo-a migrar também.
Cores e contrastes, traços e formas, concreto e abstrato. Estes conceitos estão presentes tanto em sua obra como no cotidiano da cidade de Volta Redonda. Sua intenção é fazer com que o Arigó desperte identificação e curiosidade, além de deixar uma mensagem positiva para quem o observa: “eu posso, você pode”.
As esculturas trazem a identidade artística de cada participante, aliadas ao conceito do Arigó. A palavra Arigó é popularmente utilizada para definir os trabalhadores que migraram de outras regiões do Brasil para a construção da Usina Presidente Vargas. A princípio, essa expressão causava desconforto e era interpretada de forma pejorativa, porém, há alguns anos, esse termo tem sido representado de forma simbólica por um pássaro migratório que, apesar de não ter forma definida, configura a ideia de ser um pássaro que voa para longe em busca de qualidade de vida.