“Meu mentor me deu muitas dicas importantes sobre como fazer um currículo legal, cursos que acrescentariam para a minha carreira, sempre pensando no que eu gostava de fazer. Completei um ano na CSN e a parte da mecânica me encanta demais.”
Sabrina Alves Vieira conheceu o Garoto Cidadão de Itaguaí aos 17 anos. À época cursando o ensino médio, ela percebeu que dois colegas de sala liam partituras durante as aulas e como “eu era doida para fazer aula de música”, ficou curiosa e questionou sobre a relação deles com a sonora: os colegas logo explicaram que faziam parte de um projeto social, onde era possível ensaiar e estudar os instrumentos até em casa – o que despertou ainda mais o interesse da jovem, que “estava querendo fazer aula de música”. Nesse mesmo dia, os colegas a levaram até a sede do projeto – que veio a descobrir que se tratava do Garoto Cidadão.
“Eu realmente queria estudar violino”, relembra. E aconteceu tudo muito rápido: após conseguir entrar para o projeto da Fundação CSN, já começou a participar das aulas voltadas para o instrumento e, em pouco tempo, Sabrina já estava levando o violino para casa para ensaiar. Se, antes, ela se considerava “supertímida”, foi enquanto educanda que “fui me soltando, aprendendo a fazer amizades, conversando mais com as pessoas”, diz. como, nessa época, ela já estava prestes a completar 18 anos e, “quando percebi, já era hora de me despedir do Garoto Cidadão”, conta.
Nesse período, a vontade de Sabrina já era cursar uma faculdade e com o conselho de um educador, ela percebeu que poderia escolher um curso de uma outra área para, depois, conseguir se manter na música: “foi aí que iniciei a faculdade de logística”, conta. Como as aulas eram à distância, e ela não tinha computador em casa nem internet em casa para estudar, o Garoto Cidadão abriu espaço e estrutura para que ela estudasse as matérias da graduação.
Nessa mesma época, o programa Mentoria Cidadã estava sendo lançado e Sabrina iniciou a primeira turma do programa. Foi então que ela se viu “fazendo parte de mais uma ação da Fundação CSN”, explica. Pouco tempo depois, a jovem começou o processo de mentoria: “Conheci meu mentor, Ronaldo Maciel, que foi muito receptivo. A gente fazia reuniões durante a semana, conversava bastante. Foi muito legal essa troca de experiência”. Ela relata que, ao longo das reuniões, “ele foi me dando várias dicas do que eu poderia fazer para me aprimorar profissionalmente, como iniciar um curso de inglês, por exemplo”.
Ao mesmo tempo em que participava do Mentoria Cidadã, Sabrina também cursava a faculdade de logística, além de se candidatar para participar da Orquestra na Barra, “e meu mentor sempre me dando a maior força e apoio para seguir com os estudos. Fiz a inscrição, estudei e passei”, revela.
Em seguida, e pela vivência dentro do Mentoria Cidadã, Sabrina foi contratada como Jovem Aprendiz na CSN, na área de assistência administrativa, onde atuou até março de 2023. Ao final da faculdade, ela também terminou o curso de Jovem Aprendiz na CSN: “assim que eu terminei o meu curso, fui na empresa e me inscrevi numa vaga de emprego”.
Pouco tempo depois, a jovem conheceu o Capacitar Mulheres, programa da CSN que tem como intuito inserir mais mulheres no mercado de trabalho, com foco especial no setor de manutenção mecânica. “Me ligaram, perguntando se eu tinha interesse nessa área, porque sabiam da minha formação em logística. E manutenção mecânica sempre me interessou bastante”, ela comenta. Sabrina aceitou a oportunidade e passou a atuar na Tecar e Tecon, ainda dentro da CSN, onde está há um ano: “nunca imaginei que eu pudesse trabalhar com manutenção mecânica, mesmo sempre tendo tido interesse, porque muitas pessoas falavam que é uma área mais para homem, que isso não é para mulher”.
Sabrina diz que, para o trabalho novo, entrou “crua, sem saber nada”, mas, “foi lá onde eu encontrei uma nova paixão, porque eu achava que só gostava de violino, mas a parte da mecânica me encanta demais. Às vezes eu fico sem acreditar na forma como tudo foi se encaminhando. Achava que faculdade não era para mim. Pode parecer algo simples, mas não é. Eu consegui realizar sonhos que achava impossíveis. Meu sonho era ir para outro estado e eu fui para São Paulo com o pessoal do Garoto Cidadão para o encontro de educandos. Eu nunca tinha entrado num teatro municipal e entrei”.
Essa e outras histórias você pode conferir em nosso Relatório de Impacto.