22 ago 2024

Evento que aconteceu no Rio de Janeiro fez parte da agenda paralela ao Grupo de Trabalho de Cultura do G20 

Neste mês, estivemos presentes no Seminário Internacional “Políticas para Economia Criativa: G20 + Iberoamérica”, organizado pelo Ministério da Cultura do Brasil e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). O evento aconteceu entre os dias 7 e 9 de agosto, no Rio de Janeiro, e reuniu especialistas do setor da economia criativa, autoridades públicas, agentes culturais e a sociedade civil para discutir tópicos sobre a temática.  

Criado em 1999, o G20 reúne os países com as maiores economias do mundo – África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Africana e da União Europeia – e atua como fórum de cooperação econômica internacional. Com o objetivo de fortalecer a economia internacional, o G20 debate temas fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico global, como comércio internacional, agricultura, fontes de energia e meio ambiente.  

As reuniões do G20 são chamadas de cúpulas e têm frequência anual. Sendo um dos membros do grupo, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024, ficando responsável por organizar a 19ª Cúpula, na cidade Rio de Janeiro (RJ).  

Parte dessa agenda, o Seminário Internacional se deu paralelamente ao Grupo de Trabalho de Cultura do G20 e teve como objetivo refletir sobre o papel da cultura, criatividade e das economias criativas no desenvolvimento da sociedade contemporânea. Durante os três dias de ação, foram realizados painéis focados na discussão sobre o papel da criatividade na geração de renda, oportunidades e desafios enfrentados pela economia criativa. 

A Fundação CSN, enquanto instituição, efetua projetos culturais e educacionais com patrocínio do Grupo CSN e parceiros por meio de leis de incentivos fiscais, como Lei do Idoso, Fundos da Infância e do Adolescente e a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Nesse sentido, a respeito da participação da Fundação CSN no Seminário, Henilton Menezes, Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura, ressalta que “a presença de parceiros investidores que utilizam os incentivos fiscais da Lei Rouanet no encontro foi fundamental para estabelecermos um diálogo em torno da nossa Política Nacional de Economia Criativa, o Brasil Criativo, especialmente pela possibilidade de realização de novos investimentos no desenvolvimento sustentável dos territórios criativos brasileiros”. 

Durante as palestras e conversas, foram discutidos temas como “Experiências Transformadoras em Economia Criativa”, “Fomento e Financiamento às Indústrias Criativas”, “Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável” e “Biodiversidade Cultural e Tecnodiversidade”. Parte das pautas abordadas no evento inclui a sigla inglesa ESG, que diz respeito as questões Ambientais, Sociais e de Governança, que inclui um conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial. A prática ESG mostra como uma empresa está buscando construir um mundo mais justo e responsável. 

Letícia Costa, Coordenadora do Tambores de Aço da Fundação CSN, pontua que foi um evento “onde a gente pôde visualizar diversas temáticas dentro da proposta das economias criativas. E, enquanto Fundação, conseguimos visualizar aonde a gente quer chegar com áreas como a de Desenvolvimento Territorial”.  

Dentre as temáticas abordadas nos encontros, a Coordenadora do Tambores de Aço menciona vertentes dentro da Economia Criativa, “como as artes e festivais, que também movimentam essa economia, sendo responsável por um percentual considerável do PIB”. Letícia se refere a um estudo do Observatório Itaú Cultural, realizado em 2023, que apontou a Economia Criativa como representante de 3,11% do PIB brasileiro no ano de 2020 – o que corresponde a geração de riqueza superior a R$ 230 bilhões. Naquele ano, com o estopim da pandemia de COVID-19, esse valor superou a indústria automotiva.  

Para a Fundação CSN, participar dessas discussões possibilita reflexões para diversas frentes, como a de Desenvolvimento Territorial: “entender de economia criativa é superimportante porque é um setor que mobiliza muito recurso dentro da economia. E a gente entender da Economia Criativa é também entender como a gente consegue se reinventar, reinventar os nossos espaços culturais, como o nosso Centro Cultural, e os nossos projetos”, afirma Pamela Quevedo, Analista de Desenvolvimento Territorial da Fundação CSN.  

Pamela ressalta que, para a área do Desenvolvimento Territorial, é fundamental entender a Economia Criativa, porque significa entender como inventar negócios em contextos sociais e culturais, bem como gerar e movimentar renda. “Quando a gente expande isso para dentro da Fundação CSN, trazemos um olhar muito forte da pauta ESG, de como a gente comunica o que a gente faz, e reinventa o que faz. E temos feito um movimento de traduzir o que fazemos para o contexto ESG”.