18jul
Pre-College Program em Barnard – By Beatriz Cunha

Minha experiência em Barnard foi incrível. Ampliou minhas definições do quanto uma cidade pode oferecer, deixou o caminho da minha candidatura para universidades americana mais claro, e me trouxe histórias incríveis para contar.

Com certeza o maior desafio foi o contraste entre os conteúdos das aulas aqui com o que eu fiz na maior parte do meu Ensino Médio. Em Fortaleza, estudo mais matérias de exatas, minha escola prepara para universidades que exigem mais nessas áreas. Decidi usar essa oportunidade para diversificar meus conhecimentos, escolhendo os cursos Composing the New Yorker Profile e American Political Communication, áreas que me fascinam. No primeiro, tive que ultrapassar as barreiras da dissertação argumentativa que aprendemos no Brasil para escrever de forma mais criativa. No segundo, aprendi a analisar a comunicação do cenário político americano, consumindo conteúdos densos. Apesar de ter chegado com pouca noção da história americana, foi muito enriquecedor.

A entrevista com a Barnard foi um ponto alto da viagem. Foi uma conversa, e aproveitei o momento para tirar dúvidas sobre a faculdade. Agora estou segura de que Barnard é uma boa opção: aqui, poderei explorar Ciência da Computação de forma interdisciplinar e profunda, usando os recursos de pesquisa da universidade de Columbia. Se você gosta de STEM e está procurando esse tipo de abordagem, não tenha dúvidas e aplicar para Barnard!

Agora, sobre a cidade. Estamos em uma vizinhança particularmente tranquila. A maior diferença em relação a Fortaleza foi surpreendentemente que aqui eu ando tranquila nas ruas: Nova York é a cidade grande mais segura do mundo. O que me chamou mais atenção foi como tudo aqui é enorme. O prédios são tão altos que escondem o sol antes mesmo dele se pôr. É impressionante andar pela Times Square e ver o tamanho dos outdoors, a quantidade de gente. O entretenimento também é grandioso: a experiência de assistir Wicked na Broadway me deixou de boca aberta e com lágrimas nos olhos, a história que eu já amava com os truques cênicos, coreografia e iluminação fizeram do espetáculo um momento mágico.

Não posso deixar de destacar as pessoas que eu conheci aqui. Ana, que limpa o meu andar no dormitório, contou a sua história de como veio da República Dominicana e trabalha em Barnard há 30 anos. Uma das nossas amigas, Saisha, já morou na Índia, em Londres, e agora em Weschester, próximo de Nova York. Minha professora de política, Andi Dixon, nasceu em Virgínia e dá aula em Columbia onde também pesquisa comunicação política em Nova York. Aprendi que esta cidade não é uma massa homogênea de pessoas estressadas que trabalham em arranha-céus, mas um centro onde diversas culturas se encontram e se completam.

Por Beatriz Cunha, bolsista do Ganhar o Mundo.