Tradicional evento da Escola Técnica Pandiá Calógeras aconteceu em outubro, apresentou projetos dos alunos ao público e anunciou a inclusão do Ensino Fundamental II para o próximo ano
Em outubro aconteceu, ainda, mais uma edição do “Conheça a ETPC”. O evento foi na escola, a ETPC, em Volta Redonda (RJ), onde visitantes puderam conhecer os projetos idealizados por alunos do Ensino Médio com Técnico e Cursos Técnicos Subsequentes.
Como novidade, nesse ano, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer, em primeira mão, a estrutura para o Ensino Fundamental II – modalidade que atenderá alunos do 6º ao 9º ano em 2024. Durante a ação, os alunos do 3º ano do Ensino Médio dos cursos de Eletromecânica, Mecatrônica, Informática e Química expuseram os projetos inovadores que estiveram desenvolvendo ao longo dos últimos meses, num momento de compartilhamento e inspiração para o público poder ver a capacidade técnica dos estudantes.
Para Joaquim Lopes, diretor da ETPC, é durante o Conheça a ETPC que “o público tem a oportunidade de conhecer, na prática, toda a qualidade e excelência que a escola oferece, ao observar os projetos desenvolvidos pelos nossos alunos. Além de poder conferir, de perto, toda a estrutura idealizada para a grande novidade, que é a modalidade de ensino do Fundamental II”.
Para o ano de 2024, a ETPC já está com matrículas abertas, incluindo para o Ensino Fundamental II. Junto com as comemorações de 80 anos da escola, além dos já reconhecidos, Ensino Médio e técnicos, o novo Ensino para alunos do 6º ao 9º chega acompanhado da novidade da cultura maker, que envolve prática tecnológicas e atividades culturais envolvendo a tecnologia.
Para os pais que matricularem os filhos na nova modalidade da escola, a data do pagamento da primeira mensalidade será apenas em março do próximo ano. A matrícula pode ser feita presencialmente, na secretaria da escola. Outra opção é o preenchimento do formulário de interesse online, uma maneira de sinalizar o interesse em efetivar a matrícula, e a escola entrará em contato.
Joaquim Lopes, diretor da ETPC, explica o diferencial da escola nessa fase: “a cultura maker é necessária no desenvolvimento desses alunos do Fundamental II, que estão iniciando a vida acadêmica. É uma prática que ajuda na resolução dos desafios práticos da vida, para que não fiquem somente com questões abstratas muito distantes da realidade. A filosofia maker orientará esses estudantes na boa utilização da tecnologia”. Para ele, ainda, “a tecnologia é o pilar de desenvolvimento de uma nação”, uma vez que auxilia a capacidade de pesquisa, incentiva na colaboração entre os colegas para a elaboração de um grande número de trabalhos em equipe.
O diretor escolar ressalta que, em 2024 e com a cultura maker, a ETPC estará, mais do que nunca, “comprometida a contribuir para o aumento do desenvolvimento e da participação dos alunos nas atividades acadêmicas”, colaborando, inclusive, com a melhora da capacidade socioemocional desses jovens.
“A ETPC é uma escola de tradição, prestes a completar 80 anos, e reconhecida pela qualidade da educação oferecida e por oportunizar a formação cidadã e profissional aos alunos. Aqui na ETPC o aluno encontra um ensino amplo, que atende tanto a quem procura ingressar no mercado de trabalho, quanto quem almeja ingressar em uma universidade”, complementa Joaquim.
Ainda durante o Conheça a ETPC, na área de eletromecânica, os visitantes puderam conferir os seguintes projetos: Carro Plataforma Elétrico, que consiste num protótipo de carro elétrico para melhorar a ergonomia durante o transporte de cargas, com bancada e espaço integrado para armazenar ferramentas; haverá também uma Estação Móvel de Carregamento de Smartphone (EMC), destinada à recarga de dispositivos móveis; Seladora de Bobinas, que tem a função de garantir a quantidade das mesmas, desde armazenagem até o transporte.
Já na área de química, os presentes conferiram o Papel Semente, um tipo produzido a partir de técnicas convencionais de fabricação, mas que acrescenta sementes de plantas na composição; uma Proposta de Elaboração de Biodiesel, para adquirir um produto de fontes renováveis, a fim de minimizar os agentes poluentes da atmosfera; Fabricação de Sabão, feita a partir de óleo de soja usado; e a Elaboração de Plástico Biodegradável utilizando fécula de mandioca.
Nos projetos de Mecatrônica, o público conheceu um Sistema Inteligente de Controle com Visão Computacional, formado por uma esteira seletora automatizada que separa itens por cores, que são definidas em um software de computador; uma Prótese Biônica Transradial Mioelétrica para Adultos com Amputação Traumática, que consiste numa prótese de antebraço nioelétrica, composta de partes morfologicamente semelhantes a um antebraço humano feitos em impressora 3D e se movimenta a partir da detecção dos sinais elétricos correspondentes a cada movimento muscular; ELS Eletronic Leadscrew, uma implementação de um fuso eletrônico em um torno industrial, conservando as características originais da máquina; um Protótipo de Controle e Monitoramento de Nível em Tanques Reservatórios, que tem como objetivo representar a automatização do sistema de abastecimento e distribuição de agua da caixa d’água da escola.
Larissa Paixão, de 18 anos, cursa o terceiro ano do Ensino Médio junto com o Técnico em Mecatrônica com bolsa integral e se descreve como “apaixonada por eletrônica, programação e mecânica”. Com o evento mais importante do ano para os alunos da ETPC, Larissa se sente realizada: “é o momento de concluir um projeto que nos exigiu muito esforço e estamos animados para compartilhar com as pessoas o que desenvolvemos. Nosso grupo trabalhou intensamente e todos estavam focados em entregar o melhor possível”. Ela e a equipe apresentaram ao público a Prótese Biônica Transradial Mioelétrica para Adultos com Amputação Traumática.
Ela explica que o mais interessante “é que com a profundidade das pesquisas feitas pelo nosso grupo, o projeto ganhou uma riqueza incrível”. Para ela, ao longo dos três anos como aluna da ETPC, o curso de Mecatrônica abriu os horizontes de uma forma impressionante. “Foi maravilhoso poder mostrar nosso Trabalho de Conclusão de Curso e ver como ele pode impactar o mundo”, finaliza.
Com os alunos do curso de Informática, foi possível presenciar o Internspace, sistema de gerenciamento e agendamento de estágios, idealizado para suprir as demandas do Projeto Capacitar Hotelaria e Serviços da Fundação CSN; Greenlight, uma pesquisa que visa entender as dificuldades da população em ter bons hábitos ambientais, a fim de propor soluções para o impasse; Ice Drink’s, aplicativo para dispositivos móveis low code com o intuito de auxiliar pessoas na compra de sucos saudáveis na modalidade self service; e a Drop Rain, loja online com o objetivo de venda de produtos sem a necessidade de ter estoque físico.
