Hoje dividimos a história de duas famílias que tiveram as vidas impactadas pela educação: em Volta Redonda (RJ), cinco primas passaram e se transformaram com a ETPC. Já em Congonhas (MG), Ruan Eriks e o pai foram alunos do CET e conseguiram colocar em prática os aprendizados durante os anos de Curso de Aprendizagem Industrial (CAI). Ambas as escolas da Fundação CSN – ETPC e CET –, comprometidas com acesso ao ensino de qualidade para jovens, oferecem programas de bolsas de estudo, cursos técnicos, atividades que tem o potencial de transformar vidas.
As primas Aline, Camila, Caroline, Daise e Gabrielle estudaram na ETPC entre 2008 e 2010, como bolsistas integrais. Aline, Caroline e Gabrielle foram alunas da turma de metalmecânica; e Camila fez eletromecânica; e Daisy se formou em informática.
A escola da Fundação CSN foi influência para as cinco seguirem a graduação na área das engenharias, na Universidade Federal Fluminense (UFF). “Nenhuma de nós cinco fez cursinho preparatório para entrar na UFF. Fomos aprovadas no vestibular com o que aprendemos na ETPC e estudando da melhor maneira possível, com professores dedicados a ensinar quando tínhamos alguma dúvida”, conta Caroline. Gabrielle Cristine Lemos Duarte Freitas compõe o quinteto das primas que são como irmãs, nascidas e criadas em Barra Mansa, e que passaram a frequentar Volta Redonda por conta dos estudos na ETPC.
Gabrielle relembra que “quando prestei a prova para bolsista da ETPC, senti um frio na barriga porque, pelo menos na minha cabeça, era a minha grande oportunidade. Tanto o ensino médio quanto o técnico eram considerados de muita qualidade, então dali eu iria cursar engenharia. Foi o que aconteceu: entrei para a UFF e a parte técnica que poderia me ajudar na faculdade realmente me ajudou. A escola foi fundamental para que chegasse aonde cheguei, sabendo exatamente o que eu quero e exatamente para onde eu vou”.
Para ela, “você tem uma visão mais ampla quando você faz o técnico antes da engenharia, e por isso ter estudado na ETPC foi uma das escolhas mais fundamentais para a minha carreira”. Gabrielle segue o conselho do padrinho de acreditar que o conhecimento pode ajudar a chegar longe: “acho que por isso nós cinco seguimos o mesmo caminho”. Ela se formou técnica em Metalmecânica em 2011 e hoje, aos 28 anos, é mestre em Engenharia Metalúrgica também pela UFF. Atualmente Gabrielle atua como Engenheira de Planejamento numa empresa química em Resende (RJ).
O conhecimento adquirido na ETPC também influenciou no trabalho atual, ao Gabrielle rememorar um episódio: um selo mecânico chegou para que fossem aferidas as medidas. O objeto estava sobre a bancada de manutenção e Gabrielle se encarregou de fazer o trabalho. A princípio, um mecânico a ajudaria a realizá-lo, mas ela já estava com o paquímetro em mãos. “Comecei a tirar as medidas, quando o gerente passou perto de mim e disse que eu não precisava me preocupar com aquilo porque o mecânico iria fazer”.
Gabrielle respondeu que, apesar de um mecânico estar a caminho para ajudá-la, ela também sabia como ler paquímetro. Não é poque ela se formou engenheira que ela não sabe trabalhar com a parte técnica. “E isso é exemplo do que aprendi no meu curso técnico durante os anos de ETPC. Então acho que o técnico complementa muito o conhecimento, você passa a ter uma visão mais ampla ao cursar um técnico antes da engenharia”, algo que ela considera fundamental para a carreira que vem construindo. “Ter estudado na ETPC foi fundamental para a minha contratação, por conta das boas referências, da forma que somos ensinados e como somos tratados com dedicação dos professores”.
Quem também é prova de que o ensinamento do padrinho foi válido é Caroline: ela também foi aluna da ETPC, tendo cursado metalmecânica de 2008 a 2010. Para ela, “com certeza a escola influenciou na minha decisão sobre o curso da graduação, porque tivemos contato com o técnico diretamente”. Após se formar na ETPC, ela começou o curso Engenharia Mecânica na UFF. “Quando cheguei na universidade, algumas matérias técnicas – desenho, resistência dos materiais –, eu já tinha uma noção do que eram por ter visto antes na ETPC”, relembra.
Ao final do curso de engenharia, Carol se deparou com um trabalho final de graduação por fazer, mas não se assustou com a demanda. “Como na ETPC a gente já tinha feito um Trabalho de Conclusão de Curso, eu tinha uma ideia do escopo que precisaria ter: bibliografia, projeto, o porquê de estar fazendo aquilo, os métodos utilizados na pesquisa, os resultados”. O trabalho final deu certo e ela se tornou engenheira.
Ela relembra da postura profissional que aprendeu escola da Fundação CSN, “porque com o curso técnico você já pode trabalhar e tem um senso de responsabilidade maior. Então quando fui para graduação e, em seguida, para o mercado de trabalho, já saí pronta para isso”.
Tendo optado pela carreira acadêmica, hoje ela está terminando o doutorado em mecatrônica no ITA, em São José dos Campos. “Tenho um carinho muito grande pela ETPC por ter sido o lugar onde tive aquele primeiro contato com o que viria a ser minha profissão, com engenheiros, com a ideia de compromisso e dedicação com o trabalho”.
Completa o quinteto das primas, Daise atualmente trabalha na CSN como engenheira de operação no alto forno 2. Camila é engenheira de processos na Ternio no Rio de Janeiro. E Aline trabalha em São Paulo, na Pirelli Pneus.
Para além de Volta Redonda, os reflexos dos programas de educação da Fundação CSN também podem ser vistos em outros lugares, como é o caso de Congonhas (MG). Em 2019, Ruan Eriks fez a inscrição para o curso técnico em mecânica oferecido pelo Centro de Educação Tecnológica (CET), outra escola da Fundação. Ele se formou em um ano e meio e, pouco tempo depois, se deparou com duas grandes oportunidades de trabalho para atuar na área.
A decisão de entrar para o CET surgiu a partir de outra geração da família: seu pai, que também foi aluno da escola, quando fez o Curso de Aprendizagem Industrial, é a grande inspiração de Ruan. “Também escolhi o CET pela referência de todos da região que fizeram algum curso da Fundação CSN”.
Hoje, ele atua como representante na Sotreq da área de mineração e é aluno de engenharia mecânica no IFMG. Agora, nas atividades que exerce no trabalho atual, Ruan pode colocar em prática grande parte do aprendizado adquirido durante o curso técnico. “O CET me mostrou como é magnífica a área mecânica e, desde então, decidi investir mais ainda o meu tempo quando o assunto é manutenção eletromecânica”.
O laço de Ruan com o CET é tão forte que a relação com os professores continua, mesmo depois da formatura: “A cada novo passo na carreira, comunico aos professores, desde a uma mudança de cargo a ingresso na faculdade”. Ele conta, ainda, que no CET aprendeu as funções práticas de técnico, mas também desenvolveu o comprometimento no ramo profissional; habilidades em criar e comunicação assertiva.